Balão Estratosférico
Lançamento de Balão Estratosférico – Uma Experiência Científica e Educativa Inovadora
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Para a abertura do III Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Professores de Física e Química, será realizado o lançamento de um balão estratosférico, no âmbito das comemorações do Ano Internacional das Tecnologias Quânticas, proporcionando aos professores uma experiência prática e inovadora no domínio da física atmosférica e da deteção de radiação cósmica.
Este projeto inovador, desenvolvido pelo Projeto Balua – Instituto Superior Técnico, leva a bordo um detetor de muões desenvolvido pelo LIP (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas), visa demonstrar, na prática, conceitos fundamentais da física e química, integrando metodologias experimentais no ensino.
A missão tem como destaque a deteção de muões, partículas subatómicas que resultam da interação dos raios cósmicos com a atmosfera, utilizando um contador Geiger. Durante a ascensão do balão, sensores de temperatura, pressão e radiação recolherão dados essenciais para a validação de modelos científicos. A carga útil inclui ainda sistemas GPS e de radiofrequência LoRa, permitindo o rastreamento e a recuperação do equipamento após o voo.
O planeamento envolveu diversas etapas críticas, como autorizações da Força Aérea Portuguesa, NAV Portugal e ANAC, além do desenvolvimento e calibração dos instrumentos científicos a bordo. A previsão da trajetória foi cuidadosamente analisada para garantir a segurança da missão.
Para além da componente científica, este evento reforça o impacto do ensino experimental e o uso de tecnologia na educação, permitindo aos professores vivenciarem metodologias STEM inovadoras. A experiência adquirida poderá ser replicada em sala de aula, promovendo o envolvimento dos alunos em projetos interdisciplinares e despertando o interesse pela ciência.
Os resultados esperados incluem a análise do fluxo de muões em diferentes altitudes, medições atmosféricas e a captação de imagens da curvatura terrestre, fornecendo uma base concreta para exploração e discussão em contexto educativo.
O lançamento do balão estratosférico será, sem dúvida, um marco na formação de professores, demonstrando como a ciência experimental pode ser envolvente, desafiante e transformadora.
Equipa Balua-IST:

Dário Silva é Engenheiro Aeroespacial, licenciado pelo Instituto Superior Técnico (IST), com especialização em eletrónica e sistemas aviónicos. A sua formação académica conjuga uma base sólida em engenharia aeroespacial com competências avançadas em eletrónica embebida e integração de sistemas.
Profissionalmente, Dário é cofundador da GenoaSpark, uma empresa dedicada ao desenvolvimento de soluções inteligentes de monitorização e deteção baseadas em IoT. Na GenoaSpark, desempenha um papel fundamental como Engenheiro de Embedded Systems, com foco principal no desenvolvimento de hardware, design de placas de circuito impresso (PCB) e implementação de sistemas de monitorização em tempo real no terreno. O seu trabalho abrange desde a prototipagem e testes até à concretização de soluções electrónicas e escaláveis, adaptadas a aplicações ambientais e industriais.
Para além da sua atividade profissional, Dário mantém um forte interesse pela inovação tecnológica e pela investigação aplicada. Tem participado ativamente em diversos projetos académicos e experimentais, nomeadamente nas áreas de veículos aéreos não tripulados (UAVs), sistemas de balões estratosféricos e plataformas de aquisição de dados atmosféricos e oceanográficos. A sua experiência multidisciplinar reflete uma motivação contínua para ligar a teoria da engenharia à resolução de problemas reais, especialmente no contexto da monitorização ambiental e da deteção remota.
Carlos Diogo Coimbra Henriques é engenheiro, educador e empreendedor português, dedicado à promoção da inovação e do empreendedorismo nos domínios da tecnologia e dos sistemas energéticos. É dinamizador do iStart Lab, um espaço de aprendizagem dinâmica no Instituto Superior Técnico (IST), Universidade de Lisboa, apoiado pela iniciativa American Corner. O iStart Lab funciona como um centro de inovação onde os estudantes participam em atividades práticas, prototipagem rápida e empreendedorismo, promovendo uma cultura de criatividade e colaboração.
Com uma formação académica sólida, Carlos é mestre em Engenharia Aeroespacial pelo IST, tendo também realizado estudos na Delft University of Technology. Atualmente, é doutorando em Sistemas de Energia Sustentável no âmbito do Programa MIT Portugal, com foco na interseção entre IoT, eficiência energética e tecnologias de deteção inteligente.
Para além do percurso académico, Carlos é cofundador e CEO da EOT – The Energy of Things, uma empresa especializada em soluções de monitorização energética baseadas em IoT. A sua carreira inclui uma vasta experiência em educação para o empreendedorismo, tendo colaborado como assistente de ensino em unidades curriculares sobre metodologias lean startup e desenvolvimento de negócios no IST.
Movido pela paixão pela inovação tecnológica, Carlos liderou e participou em diversos projetos internacionais de investigação, incluindo iniciativas com balões de grande altitude, aquisição sincronizada de dados atmosféricos e oceânicos, e soluções energéticas inteligentes. O seu trabalho no iStart Lab continua a capacitar estudantes, investigadores e startups, aproximando o meio académico da indústria e fomentando um ecossistema de inovação tecnológica e empreendedorismo.


Henrique Carvalho é licenciado em Engenharia Informática pela Universidade do Minho. Ainda como aluno de licenciatura, iniciou a sua colaboração com o LIP, sendo responsável pelo sistema informático do recém-criado pólo do LIP no Minho, além de dar início à sua aventura no desenvolvimento de ferramentas de divulgação científica. Neste contexto, começou a colaborar com a experiência ATLAS no CERN, laboratório onde viria a obter uma bolsa de estudante técnico em 2012. Durante o seu tempo no CERN, cofundou o “CERN Media Lab”, criando experiências interativas que hoje estão espalhadas pelo mundo e dando início a um novo ciclo na forma de disseminação da ciência.
Regressou ao LIP em 2014 e, exceto por um curto período entre 2015 e 2016 em que esteve na indústria a desenvolver software interativo, tem sido responsável pela manutenção do sistema informático, pela criação de plataformas web para candidaturas a bolsas e posições, e, sobretudo, pelo desenvolvimento de ferramentas de divulgação científica para múltiplos públicos.
Especializou-se na representação de informação e experiências científicas recorrendo à realidade virtual e aumentada, bem como ao uso de microcontroladores para realizar pequenas experiências científicas, com principal foco em levar a ciência e a tecnologia a alunos do ensino secundário.
Carlos Lima é professor de Física e Química com mais de 25 anos de experiência, divulgador de ciência e dinamizador de projetos educativos inovadores. Atualmente, é vice-presidente da Associação ORION (Planetário – Casa da Ciência de Braga), onde tem promovido inúmeras iniciativas de literacia científica, formação docente e envolvimento ativo da comunidade escolar no estudo do Universo e das ciências naturais.
Tem-se destacado na planificação e realização de lançamentos de balões estratosféricos e atividades científicas associadas, envolvendo alunos e professores em projetos experimentais ligados ao estudo do espaço, aquisição de dados atmosféricos e desenvolvimento de competências STEM. Paralelamente, lidera ações pedagógicas que integram sensores, programação, microcontroladores e tecnologias móveis, com especial enfoque em ferramentas como o phyphox e o micro:bit.
Fundador da Hikari Education Labs e criador do projeto Education Blocks onde procura que o ensino da ciência seja simultaneamente rigoroso, acessível e inspirador, onde os professores são agentes-chave para a formação de cidadãos críticos e informados.
É também um dos organizadores do congresso Inteligência Artificial e Sustentabilidade, um encontro que junta centenas de alunos e professores em torno dos grandes desafios do futuro, promovendo o diálogo entre ciência, tecnologia e responsabilidade ambiental.
Defensor da presença ativa da ciência nos meios de comunicação, procura unir o ensino formal, a inovação tecnológica e a paixão pela descoberta num percurso profundamente dedicado ao serviço da educação.

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